domingo, 7 de dezembro de 2008

ECONOMIA DA BOLÍVIA

Saiba tudo sobre a economia da Bolívia, este importante vizinho que caminha rumo ao desenvolvimento:


Recursos Naturais

São importantes e variados os depósitos de minerais metálicos, como o estanho, prata, cobre, antimônio, zinco, ouro e enxofre. Também foram encontrados sal, petróleo e gás natural. O terreno de cultivo de algumas regiões, especialmente nos Yungas, é extraordinariamente fértil, destacando a produção de arroz, folha de coca, banana, café, cítricos e cacau.
Agricultura e Pecuária
A agricultura tem uma grande importancia na economia boliviana, já que emprega 5% da força laboral do país e representa 14,6% do produto interior bruto anual, a maioria dos bolivianos utiliza métodos de cultivo tradicionais.
Existe uma distribuição desigual da população e um sistema de transporte muito precário.Na atualidade Bolívia é auto-suficiente na produção de açúcar, arroz, soja e carne, mas ainda importa alguns alimentos. Os principais cultivos são de batata, cana de açúcar, algodão, café, milho, arroz, cereal e folhas de cocaína.

Silvicultura e Pesca

A indústria da pesca não é destacada já que, como falamos anteriormente, o país não tem saída para o mar. Utiliza o porto Chileno de Arica como centro de transporte e armazenamento de mercadorias. A falta de transporte adequado impede a exploração em grande escala dos ricos bosques bolivianos, que cobrem 48,9% do país, principalmente a região da planície.
Indústria
As empresas manufatureiras operam a pequena escala: a indústria representa um 33% do produto interior bruto (PIB). As principais indústrias do país são de refinado de açúcar, de artigos de pele, fábricas de cigarro e de cimento, produtos químicos, papel, mobiliário, vidro, explosivos e fósforos. Mais de 2/3 das fábricas estão na cidade de La Paz, que também é o principal centro de comércio a nível nacional.

Transporte

Bolívia conta com 3.163 km de vias ferroviárias. O trem é o meio de transporte que serve para comunicar o país com os portos dos oceanos Atlântico e Pacifico. A principal linha é a que une La Paz com o porto livre de Antofagasta, no Chile. Mais de 53.790 km de estradas percorrem o país, das quais apenas 7% estão pavimentadas e em muitas zonas só podem ser transitadas na época da seca.
A companhia de aviação Aerosur oferece vôos para as principais cidades do país e a companhia Lloyd Aéreo Boliviano dispõe de vôos a outros paises latino-americanos e para Estados Unidos. A extensão de rios que permitem a navegação de pequenos barcos totaliza uns 14.000 km.
Fonte: www.ciberamerica.org

A Bolívia, há muito tempo é um dos mais pobres e menos desenvolvidos países da América Latina, fez progressos consideráveis no sentido do desenvolvimento de uma economia de mercado. Em 2005, A Bolívia continua com seus problemas socias e econômicos, porém continua a ser o país mais pobre da América do Sul.

Ciclo da borracha

Durante o apogeu do extrativismo da borracha, a Bolívia, por ser um país sem fronteira marítima, precisava encontrar uma alternativa para escoar a produção para os centros industriais da Europa e da América do Norte. Em 1846 a Bolívia teve a idéia de construir uma ferrovia costeando os rios Mamoré e Madeira para escoar a produção através do porto de Belém, no Oceano Atlântico.
A construção da ferrovia só foi de fato efetivada depois da assinatura do Tratado de Petrópolis, que cedia o território do Acre para o Brasil e obtinha deste o compromisso formal de construir a ferrovia Madeira-Mamoré, iniciada em 1907 e terminada em 1912, já no final do ciclo da extração da borracha.

Atualidade

Durante a presidência do presidente Sánchez de Lozada (1993-97) a Bolívia assinou um tratado de comércio livre com o México, tornou-se membro associado do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) e procedeu à privatização da linha aérea estatal, da companhia de telefones, dos caminhos de ferro, da companhia eléctrica e da companhia petrolífera.
O crescimento abrandou em 1999, em parte devido a políticas orçamentais restritivas que limitaram os fundos necessários para programas de luta contra a pobreza, e às consequências da crise financeira asiática. No ano 2000, sérios distúrbios públicos em Abril e em Setembro/Outubro, baixaram o crescimento para 2,5%. O PIB boliviano não cresceu em 2001 devido ao abrandamento global e à vagarosa actividade doméstica. Espera-se que o crescimento recupere em 2002, mas o défice fiscal e o peso da dívida externa irão permanecer elevados.
Fonte: pt.wikipedia.org

A Bolívia está localizada no centro da América do Sul e tem fronteiras com o Brasil, o Paraguai, a Argentina, o Chile e o Peru. Trata-se de um país com uma população de aproximadamente 9,2 milhões de habitantes.
A economia da Bolívia baseia-se na produção e exportação de gás natural, mineração , indústria manufatureira e na atividade agropecuária. Registre-se que a Bolívia tem aproximadamente 21% das reservas de gás natural da América Latina, o que constitui um potencial importante para a exportação de energia. A Bolívia também se destaca na produção de soja e seus derivados e faz parte do bloco econômico denominado de Comunidade Andina (CAN) formado por Bolívia, Colômbia, Equadro, Peru e Venezuela.
Os principais dados geopolíticos da Bolívia são: Nome Oficial: República da Bolívia; Idioma oficial: Espanhol ou Castelhano (mais falado),Quéchua, Aymará e Tupi Guarani; Superfície: 1.098.581 km2; População: 9,2 milhões de habitantes (Censo projetado para 2005); Densidade demográfica: 8,4 habitantes por km2; Capital: Sucre; Sede de Governo: La Paz; Cidades principais: La Paz, Cochabamba, Santa Cruz de la Sierra e El Alto; Moeda: Boliviano; PIB, a preços de mercado: US$ 9,4 bilhões (2005); e PIB per capita: US$ 1.022 (2005).
A liberalização da indústria petrolífera na Bolívia começou em meados da década de 1990 com a privatização da estatal Jazidas Petrolíferas Fiscais Bolivianas (YPFB). A desregulamentação do setor separou as atividades de exploração e produção, de transporte e comercialização de petróleo e seus derivados com a criação de um marco regulador que incentiva os investimentos do setor privado. Os investimentos bem sucedidos realizados por empresas multinacionais como BP Amoco, Shell, Total, Respol-YPF e Petrobrás, entre outras; confirmam o potencial petrolífero da Bolívia.
Depois da privatização da Jazidas Petrolíferas Fiscais Bolivianas (YPFB), os investimentos realizados em busca e exploração, no período de 1997 e 2002, foram de cerca de US$ 2,65 bilhões.
No contexto regional, o Brasil concede importância prioritária às relações com a Bolívia, já que compartilha faixa extensa de fronteira. Sua condição de país amazônico e os benefícios da construção de gasoduto para a exportação de gás ao Brasil.

Os principais acordos bilaterais vigentes entre Brasil e Bolívia são os seguintes:

1911 - Tratado de Comércio e Navegação Fluvial;
1958 - Ata de Roboré. Pertencem à Ata de Roboré o Convênio de Livre Trânsito, o Convênio de Cooperação Econômica e Técnica e o Convênio de Comércio Interregional;
1973 - Tratado sobre Ligação por Rodovias;
1977 - Acordo sobre Cooperação Sanitária;
1974 - Acordo Básico de Cooperação Técnica e Científica;
1974 - Acordo de Cooperação e Complementação Industrial;
1992 - Acordo, por Troca de Notas, sobre Compra e Venda de Gás Natural Boliviano;
1998 - Memorando de Entendimento para o Estabelecimento de Programa de Cooperação Técnica.

Mediante o Acordo de Complementação Econômica n° 36 (ACE-36), subscrito em 17 de Dezembro de 1996 (que substituiu o ACE-34) entre os países-membros do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) a Bolívia passou a ser parceira desse bloco regional estabelecendo a formação de uma Zona de Livre Comércio em um prazo de 10 anos.
Podem submeter-se a arbitragem os conflitos entre pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, prévia existência de uma convenção de arbitragem, seja como cláusula de um contrato principal ou por um acordo separado do mesmo que defina a resolução de todas as divergências que poderiam surgir entre eles, de acordo com a Lei de Arbitragem e Conciliação N° 1770.
Do ponto de vista de relações comerciais no 1º quadrimestre de 2006, Sergipe exportou para a Bolívia os seguintes principais produtos: tecidos de algodão e poliester, calçados de borracha e calçados de couro. No ano de 2005 o estado de Sergipe exportou para a Bolívia US$ 1.284 mil e não realizou nenhuma importação e no 1º quadrimestre de 2006 Sergipe exportou para a Bolívia US$ 167 mil e nenhuma importação, portanto a relação comercial de Sergipe com a Bolívia é sempre superavitária, diferentemente do Brasil em que a relação é deficitária face a elevada importação de gás natural. A Bolívia ocupa neste ano de 2006 a 15ª posição entre os principais países de destino das exportações sergipanas.
No acumulado do 1º quadrimestre de 2006, o Brasil exportou para a Bolívia US$ 221.202 mil e importou US$ 418.978 mil, gerando um déficit comercial de US$ 197.976 mil. Registre-se que do que é importado pelo Brasil da Bolívia 87,5% é referente à importação de gás natural (base de 2006 – 5º principal produto de importação do Brasil). Neste 1º quadrimestre de 2006 o Brasil importou de gás natural da Bolívia US$ 366.542 mil. Mas o Brasil não compra só gás da Bolívia, pois este ano o Brasil também importou da Bolívia os seguintes principais produtos: batatas para semeadura, alhos frescos, feijões, farinhas de outros cereais, sementes de girassol, naftas, carbonato de chumbo e couros e peles bovinos. A Bolívia ocupa a 16ª posição entre os principais países que vendem produtos para o Brasil, os principais são Estados Unidos, China, Argentina, Alemanha e Japão.
O Brasil vende para a Bolívia dentre diversos produtos, os seguintes principais: pedaços de carnes de galos e galinhas, ovos de galinha para incubação, leite, cremes de leite, mudas de plantas ornamentais, castanha do Pará e café torrado, porém a Bolívia não figura na lista dos principais destinos das exportações brasileiras.
Assim, entender a funcionalidade da economia boliviana e as suas relações comerciais é fundamental para um melhor entendimento das repercussões que poderemos ter com a decisões do atual Presidente Evo Morales.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bolivianos interditam ponte e fecham a fronteira com o Brasil


Os Manifestantes do Comitê Cívico de Arroyo Concepción, na Bolívia, fecharam a 0h desta sexta-feira (12) a fronteira com Corumbá, no Mato Grosso do Sul, Brasil. Eles fizeram morros de terra ao longo da Ponte da Amizade, que liga as duas cidades, impedindo a passagem de carros. Apenas os alunos bolivianos que estudam nas escolas de Corumbá estão autorizados a passar, informa o "Campo Grande News".

De acordo com o presidente do comitê, Carlos Vargas, o fechamento deve durar 72 horas. No lado boliviano da fronteira o comércio foi fechado e o posto da aduana foi tomado pelos membros do comitê. Os 160 integrantes da policia nacional e do exército se retiraram da fronteira.
Chávez ofende embaixador dos EUA em discurso


Vargas disse em entrevista ao "Campo Grande News" que eles protestam contra as mortes dos oito bolivianos ontem, nos confrontos no Estado de Pando, um dos cinco Estados bolivianos que fazem resistência a Evo Morales e reivindicam autonomia de governo.

O Comitê Cívico de Arroyo Concepción faz parte da província de German Bush e conta com sete mil pessoas. Caso Evo Morales não atenda às reivindicações, os manifestantes ameaçam fechar o duto que libera gás para Corumbá, na cidade de Carmo, na Bolívia.

Em Puerto Quijarro, outro ponto da fronteira com Corumbá, a situação é a mesma. O Comitê Cívico também fechou o comércio e a fronteira.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bolívia estuda decretar estado de sítio, diz embaixador no Brasil

O embaixador da Bolívia no Brasil, René Maurício Dorfler, afirmou nesta quinta-feira que o governo boliviano avalia decretar estado de sítio por conta dos conflitos com representantes da oposição. "A constituição política estabelece essa possibilidade e o governo esta avaliando essa questão", disse em entrevista coletiva em um hotel de Brasília.

Dorfler ressaltou que grupos pequenos estão fazendo o que chamou de "atos terroristas" e que a maioria da população não concorda com esses atos. "Não podemos submeter o resto dos bolivianos a uma situação de exceção", completou.

O ministro da Fazenda boliviano, Luis Alberto Arce, que está no Brasil, disse que houve uma tentativa de golpe no país, combinada com atos de vandalismo e de terrorismo. "O governo está tomando as medidas necessárias e está instruindo as forças armadas da Bolívia a resguardar os campos petroleiros e de gás do país. A polícia nacional está fazendo as investigações necessárias", disse.

Ele negou, no entanto, que o país passe por uma guerra civil e reafirmou que os grupos de oposição são pequenos, de "200 a 400 pessoas que estão radicalizando suas ações".

"São reduzidos grupos, financiados, que agem em função de certas instruções que recebem", disse. Para ele, houve uma coincidência entre a radicalização dos atos e a chegada à Bolívia de integrantes da oposição dos Estados Unidos.

Dorfler lembrou que, ontem, o embaixador norte-americano Philip Goldberg foi considerado persona non grata pelo governo Morales por se intrometer em assuntos internos do país em diversas ocasiões. "O presidente Evo foi absolutamente claro, é uma situação que apareceu em reiteradas oportunidades, as intromissões do embaixador nos assuntos internos como pessoa", afirmou.

História Boliviana

A Bolívia (em espanhol Bolivia; em quíchua Buliwya; em aimará Wuliwya) é um país da América do Sul, limitado a norte e a leste pelo Brasil, a sul pelo Paraguai e pela Argentina e a oeste pelo Chile e pelo Peru. Tem como capitais, Sucre e La Paz. É um país sem litoral, com grande pobreza e baixos índices sociais. Também possui a segunda maior reserva de gás natural do continente, apenas superado pela Venezuela.

A Bolívia foi sede de grandes civilizações indígenas, a mais importante das quais foi a civilização de Tiahuanaco. Tornou-se parte do império Inca no século XV. Quando os espanhóis chegaram no século XVI, a Bolívia, rica em depósitos de ouro e prata, foi incorporada ao vice-reino do Peru, com sede em Lima, e mais tarde ao de La Plata, com sede em Buenos Aires.

A luta pela independência começou em 1809, mas permaneceu parte da Espanha até 1825, quando foi libertada por Simón Bolívar, a quem o país deve o seu nome. Após uma breve união com o Peru, a Bolívia tornou-se totalmente independente. Nos anos seguintes, a Bolívia perdeu parte do seu território devido a vendas e à guerra. Uma das mais importantes guerras foi a Guerra do Pacífico, quando perdeu sua saída ao mar.

A Bolívia enfrenta problemas culturais e raciais, e sofreu ao longo dos anos inúmeras revoluções e golpes militares. Em 1980, a democracia foi restaurada após a destituição de uma junta militar.

A constituição da Bolívia de 1967, revista em 1994, prevê um sistema equilibrado entre os poderes executivo, legislativo e judicial. O tradicionalmente forte executivo, no entanto, tende a deixar na sombra o Congresso, cujo papel está em geral limitado a debater e aprovar legislação originária do executivo. O ramo judicial, composto pelo Supremo Tribunal e por tribunais departamentais e inferiores, é há muito corroído por corrupção e ineficiência. Através de revisões na constituição feitas em 1994, e de leis subsequentes, o governo iniciou reformas que têm potencial para ser profundas nos sistema e processos judiciários.

Os nove departamentos da Bolívia receberam maior autonomia pela lei de Descentralização Administrativa de 1995, embora os principais dirigentes departamentais continuem a ser nomeados pelo governo central. As cidades e vilas bolivianas são governadas pelo presidentes de câmara e conselhos diretamente eleitos.

Foram realizadas eleições municipais em 5 de Dezembro de 2004, que elegeram os conselhos para mandatos de 5 anos. A Lei de Participação Popular de Abril de 1994, que distribui uma porção significativa das receitas nacionais pelas autarquias, para seu uso discricionário, permitiu que comunidades anteriormente negligenciadas obtivessem grandes melhoramentos nas suas infraestruturas e serviços.

Apesar desse sistema, a Bolívia apresenta problemas de ordem sócio econômica muito intensos, intensificados nos últimos anos devido a solicitação de maior autonomia por parte dos seus departamentos, que pretendem ter autonomia de escolher seus governantes.

Empresa anuncia retomada de 90% do envio de gás ao Brasil

O assessor de Relações Institucionais da Transierra, Hugo Muñoz, afirmou nesta quinta-feira que o envio de gás natural da Bolívia para o Brasil está quase totalmente recuperado. Ele diz que o bombeamento irá cair, mas em 10% --em vez dos mais de 55% anunciados horas atrás. O serviço deverá ser normalizado em 15 dias.

Fazem parte da Transierra a Petrobras, a Andina-Repsol e a francesa Total.

De acordo com Muñoz, os danos causados a uma válvula de um gasoduto nesta quinta, na estação de Bella Vista, já foram consertados. Com isso, foi retomado o envio de mais de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Desta forma, resta apenas retomar o envio de 3 milhões de metros cúbicos por dia referentes a danos causados ontem em outra válvula de um gasoduto localizado na região de Yacuíba.

Os quase 31 milhões de metros cúbicos de gás natural que o Brasil recebe diariamente da Bolívia, portanto, ficarão reduzidos em 10% nos próximos 15 dias. Por cada dia em que bombeia 10% menos gás, a Bolívia perde US$ 8 milhões.

O presidente boliviano, Evo Morales, atribui os danos causados a ambos gasodutos aos grupos de oposição a ele que realizam freqüentes e intensos protestos em cinco dos nove departamentos (Estados) do país, nos últimos dias. Nesses departamentos --Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca--, os governadores são de oposição.

Nesta quinta, Morales afirmou que "paciência tem limite". "Vamos ter paciência e prudência como sempre para evitar o confronto. Vamos agüentar, mas paciência tem limite. Mesmo."

Confrontos entre grupos anti-Morales e camponeses que o apóiam deixaram ao menos um morto em Pando, no começo da manhã. Informações extra-oficiais apontam que o número ainda pode chegar a quatro. Ontem, os confrontos foram piores em Tarija e deixaram ao menos 70 pessoas feridas.

Governo

Nesta quinta, o ministro da Fazenda boliviano, Luis Alberto Arce, disse que a ação dos grupos anti-Morales em relação aos gasodutos foram "atos de vandalismo e terrorismo". De acordo com o ministro, a Bolívia estuda a possibilidade de acionar as Forças Armadas para policiar os campos petroleiros.

O embaixador da Bolívia no Brasil, René Maurício Dorfler, afirmou que o governo boliviano avalia decretar estado de sítio por conta dos conflitos. Ele ressaltou, no entanto, que grande parte dos bolivianos não apóia os protestos. "Não podemos submeter o resto dos bolivianos a uma situação de exceção."

Os grupos anti-Morales reivindicam que o governo devolva aos departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos; e rejeitam o projeto da nova Constituição.

EUA

Ontem, Morales acusou o embaixador americano na Bolívia, Philip Goldberg, de apoiar os grupos contrários a ele por terem iniciativas separatistas. O presidente boliviano declarou o embaixador "persona non grata" e ordenou que ele retorne "ao seu país com urgência". Hoje, o Departamento de Estado americano afirmou que a decisão foi "um erro grave".